A religião do Antigo Egito era uma relgião politeísta, com um panteão diversificado de deuses e deusas que governavam cada aspecto do mundo e da vida humana.
Além da veneração às divindades, os egípcios realizavam uma série de rituais relacionados à morte e ao além.
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Como era a Religião do Antigo Egito
A religião do Antigo Egito era politeísta, pois eram venerados vários deuses e deusas.
Para os egípcios, os eventos naturais do mundo estavam ligados à atuação divina. O nascer diário do sol era atribuído à influência do deus Ra, enquanto as inundações anuais do rio Nilo eram consideradas um fenômeno sob o domínio do deus Hapi.
Os Mitos e Lendas: Cada cidade e região tinha a sua divindade patrona e os mitos eram contados para explicar a origem dos deuses, a criação do mundo e os princípios morais que os humanos deveriam seguir. Histórias como “o olho de Ra” ou a “ressurreição de Osíris” eram lições sobre o comportamento humano e a compreensão do universo.
Os Rituais: Desde a oração matinal ao deus sol até às oferendas feitas nos templos, cada ato tinha significado religioso. Grandes festivais, como o Festival de Opet em Tebas, eram ocasiões de celebração e renovação espiritual, onde os deuses e os humanos se reuniam.
A Moralidade: Maat (deusa da verdade, justiça e harmonia) representava a ordem moral e a sua presença era vital para manter o equilíbrio do mundo. Os antigos egípcios acreditavam que ao viver de acordo com Maat, garantiriam uma passagem segura para o além.
O que Representava a Mumificação na Religião Do Antigo Egito
A mumificação era uma das práticas religiosas mais distintas da religião do Antigo Egito. Acreditava-se que preservar o corpo após a morte era crucial para garantir a vida eterna no além.
O Processo de Mumificação: O procedimento durava cerca de 70 dias. Iniciava-se removendo os órgãos internos do corpo, que eram depois embalsamados e colocados em vasos canópicos. O cérebro era geralmente descartado, enquanto que o coração (considerado o orgão da inteligência e da emoção) permanecia no corpo. Depois de limpo e seco, o corpo era então envolto em bandagens de linho junto com amuletos e encantamentos para proteger o falecido na sua viagem para o além.
O Livro dos Mortos: Este era um conjunto de orações e instruções para ajudar o falecido a navegar pelo Duat (o reino dos mortos) e alcançar a vida eterna. Muitas vezes, cópias destes textos eram incluídas nos túmulos ou escritas nas bandagens das múmias.
Julgamento no Além: Após a morte, os mortos seriam julgados pelo Deus Osíris. O coração do falecido seria pesado contra a pena da verdade, símbolo da deusa Maat. Se o coração fosse mais leve que a pena, a alma seria permitida no paraíso eterno. Se fosse mais pesado, seria devorada pelo demônio Ammit.
Deuses da Mitologia do Antigo Egito
Na religião do Antigo Egito, as divindades eram fundamentais para os egípcias, pois os ajudavam a compreenderem o mundo e na orientação das suas vidas.
Rá
Rá era o Deus do sol e da criação. Acreditava-se que ele navegava pelo céu durante o dia em uma barca, trazendo luz ao mundo e enfrentava as forças do caos durante a noite.
Osíris
Osíris era o Deus do Julgamento. Ele era central para a mitologia do Antigo Egito, simbolizava a morte e o renascimento. Osíris foi traído e morto pelo seu irmão Set, mas foi ressuscitado pela sua esposa Ísis.
Hórus
Hórus era o Deus do céu e da realeza. Representado como um falcão ou como um homem com a cabeça de falcão, Hórus era filho de Ísis e Osíris e representava a legitimidade e o poder dos faraós.
Ísis
Ísis era a Deusa da magia, proteção e maternidade. Ela era vista como a mãe ideal e a esposa fiel. Ela desempenhou um papel crucial na ressurreição de Osíris e ajudou a ensinar os rituais de mumificação.
Set
Set era o Deus do caos, das guerras e tempestades. Conhecido por sua rivalidade com Osíris e Hórus. Set era uma divindade que muitas vezes era associada à destruição, mas também à proteção.
Anúbis
Anúbis era o Deus dos mortos e da mumificação, ele era o guardião e o guia dos mortos. Representado como um homem com cabeça de chacal.
Hathor
Hathor era a Deusa do amor, música, alegria, maternidade e da fertilidade, Hathor também era associada à dança.
Enquanto que Ísis era mais focada na maternidade em um contexto familiar, Hathor tinha uma abordagem mais ampla, englobando a maternidade como parte de uma série de atributos relacionados à feminilidade e à vida.
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